quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A BANDEIRA CIGANA


A Bandeira como símbolo de um grupo, têm seu significado "encantado”!Esta bandeira foi instituída como símbolo internacional de todos os Ciganos do mundo no ano de 1971, pela Internacional Gypsy Committee Organized no “First Word Romani Congress” - Primeiro Congresso Mundial Cigano - realizado em Londres. A roda vermelha no centro da bandeira simboliza a vida, representa o caminho a percorrer e o já percorrido. A tradição, como continuísmo eterno, se sobrepõe ao azul e ao verde, com seus aros representando a força do fogo, da transformação e do movimento. O azul representa os valores espirituais, a paz, a ligação do consciente com os mundos superiores, significando libertação e liberdade. O verde representa a Mãe Natureza, a terra, o mundo orgânico, a força da luz do crescimento vinculado com as matas, com os caminhos desbravados e abertos pelos Ciganos. Representa o sentimento de gratidão e respeito pela terra, de preservação da natureza pelo que ela nos oferece, proporcionando a sobrevivência do homem e a obrigação de ser respeitada pelo homem, que dela retira seus suprimentos, devendo mantê-la e defendê-la.

CASAMENTO CIGANO



Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro.

Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em
moedas de ouro, a quantidade é definida pelo
pai da noiva.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

MUSICA E DANÇA CIGANA



Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa. A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco. Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana. No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam.Exibem sua dança, bailando ao som dos violinos e acordeões. Assim são as graciosas e faceiras ciganas, que encantam com seus mistérios, com suas saias rodadas, seus lenços coloridos, pandeiros enfeitados com fitas e suas castanholas.Os ciganos dançam com seu porte elegante, transmitindo a todos serenidade e dignidade. Seu ritual é a dança do fogo, bailando ao redor da fogueira até o dia amanhecer, transmitindo a todos sua alegria e proteção de sua padroeira Santa Sara Kali, que faz da liberdade sua religião.

HORÓSCOPO CIGANO





CORUJA.
Simboliza Sabedoria.
É usado como símbolo dos feiticeiros para atrair a sorte e para ampliar a percepção com a sabedoria, símbolo muito usado para que possamos enxergar através das trevas.

ÂNCORA.
Simboliza Segurança.
É usada para trazer segurança e ancoramento da alma no plano material.

CHAVE.
Simboliza a Abertura de todas as portas.
É usado para mostrar as portas de abertura para um novo caminho, seja ele de amor, prosperidade, saúde, etc.,

ESTRELA DE 5 PONTAS.
Simboliza Perfeição
É usado para todos os tipos de proteções, sorte e sabedoria, representa o ser humano como um todo, o domínio do corpo da mente e do espírito, também conhecida como Pentagrama.

ESTRELA DE 6 PONTAS.
Simboliza Proteção.
Normalmente utilizada pelo Barô do clã, por ser o mais velho e o mais sábio, traz para dentro de nós a força da experiência, harmonia e sabedoria. Conhecida também como a Estrela de David.

FERRADURA.
Simboliza Sorte.
Muito utilizada atrás das tendas ciganas para atrair sorte e fartura, e afastar energias negativas, normalmente os ciganos a enfeitam.

LUA.
Simboliza os Mistérios Ocultos.
A lua na vida dos ciganos é tudo, Todas as magias são feitas através dela e das fases que ela se encontra, utilizada para magias de amor, exorcismo, cura interior e exterior, e, para as grandes festas onde são feitas na lua cheia. Também conhecida como a lua dos amantes.

MOEDA.
Simboliza Prosperidade.
Muito utilizada em magia de prosperidade principalmente se for de ouro, esta relacionada com a riqueza de uma forma em geral seja material ou espiritual, para os ciganos, cara é o material, e coroa e espiritual.

PUNHAL.
Simboliza o Poder
Símbolo do elemental fogo, representa a força e o poder de transmutar qualquer energia negativa, imprescindível em qualquer ritual mágico cigano. Ha. ciganos que carregam mais de um punhal consigo, tamanha força que ele tem. Utilizado em vários rituais ciganos como casamento, batismo, iniciação, etc.,

RODA.
Símbolo da Bandeira Cigana.
Representa a Samsara, o ir e vir, podendo também representar o nosso ciclo de vida, morte e renascimento, é usada para atrair a evolução e o equilíbrio. A roda é representada pela roda dos vurdón que gira.

TAÇA.
Simboliza a União.
Qualquer líquido que entrar nela adquire sua forma no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa a união dos noivos.


TREVO.
Símbolo da Sorte.
Os ciganos acreditam que se você achar um trevo de quatro folhas em seu caminho ele lhe trará felicidade e fortuna.

sábado, 17 de abril de 2010

MAGIA CIGANA






A verdadeira Magia está na Fé, nos Bons Pensamentos, em um sorriso, em nosso otimismo, na Natureza. Tudo depende da Energia que desprendemos do nosso Ser, que é o Veículo Sagrado da Manifestação da Divindade em nossas Vidas.

É por isso que, tão importante quanto a ritualística, seja através de uma Oração, um Salmo, uma simpatia ou promessa, utilizando ou não Elementos de natureza material como uma vela, flores, uma Oferenda, o fundamental é o Pensamento, e sobretudo, o Amor e a Fé depositados... Disto dependerá os resultados que poderão ser obtidos, de acordo com os próprios Merecimentos.

Por tanto, cuidemos sempre de plantar flores para que não tenhamos que colher espinhos...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

TARÔ CIGANO





As cartas do tarot apareceram pela primeira vez no Norte da Itália, não muitos anos após a introdução das cartas de baralho comum na Europa, em cerca de 1375. De fato, a maioria das cartas de um tarot tradicional, as 56 cartas conhecidas como o arcanos menores, não eram nada além de um conjunto de cartas de jogar. À parte, há uma pequena variação que é o acréscimo entre os arcanos menores do jogo de tarô de mais uma carta que é a carta do cavaleiro em cada respectivo naipe. Porém, o que efetivamente distingue o tarot do baralho comum é a adição de 22 cartas ostentando várias imagens, muitas vezes de caráter bastante alegórico. Estes são os arcanos principais ou trunfos maiores. Os trunfos são uma coleção de imagens arquétipicas de várias cores, variando desde figuras com representação humana como O Bobo, O Mago, as poderosas personagens do mundo medieval, como O Imperador, O Papa, imagens alegóricas das virtudes, que são A Força, A Justiça e A Temperança, e as grandes forças da vida, A Roda da Fortuna, Morte e O Diabo, finalmente chegando às imagens cosmológicas como O Sol, A Lua e O juízo final. O moderno interesse no tarot como uma ferramenta de estudo metafísico deriva do século 18, através dos movimentos ocultistas na França. Antoine Court de Gebelin encontrou um baralho de cartas de tarot e deduziu que os trunfos seriam uma chave oculta que levariam aos segredos religiosos da antiguidade. Sua especulação gerou um grande interesse em "descobrir" (alguns diriam "inventar") os significados místicos das cartas. Os ocultistas também são responsáveis por um grande número erros, frequentemente repetidos nos mitos que rondam as origens do tarot: que as cartas foram trazidas para a Europa pelos ciganos, que foram inventados no Egito antigo, e assim por diante. No início do século 20, o jogo do tarot e suas cartas foram um foco principal para algumas sociedades ocultas, como a Ordem Hermética da Golden Dawn na Inglaterra. Os ocultistas redesenharam ao seu modo os arcanos para enfatizar as suas próprias interpretações das cartas, que eles relacionaram com outras antigas tradições como a Cabala, a astrologia e a alquimia. Aparentemente, a utilização generalizada do tarot ocorreu a partir deste período. Há evidências que sugerem que eles foram mal (ou nunca) usados para qualquer coisa além de jogos de azar antes do século 19. Dois membros da Golden Dawn tiveram uma grande influência sobre o desenvolvimento do tarot moderno. A.E. Waite, um místico cristão, publicou seu próprio jogo em 1909. As cartas foram desenhadas pela artista Pámela Coleman Smith. Oa Arcanos maiores, naturalmente, são ricos em simbolismo oculto. O aspecto mais inovador do seu baralho, no entanto, são os arcanos menores, que (em vez de cartas de jogar dos baralhos comuns) mostram várias cenas que parecem sugerir histórias. Com esta mudança, cada carta no baralho faz uma sugestão psicológica imediata na mente do espectador. Num certo sentido, todos os jogos da atualidade trazem referências dessas cartas. Esta apresentação se tornou muito popular, e é ainda amplamente difundida, onde a maioria dos livros que ensinam a leitura do tarot utilizam o Waite-Smith Tarot como ponto de partida (também conhecido como Rider-Waite deck, porque Rider foi a editora original; terminologia mais apropriada para homenagear a artista Pámela Smith, que parece ter criado todos os inovadores Arcanos Menores sem muitas especificações de Waite.)O outro membro influente Golden Dawn foi Aleister Crowley. Seu Thoth Tarot (com o nome do deus egípcio da magia), foi pintado por Lady Frieda Harris na década de 1940, mas não foi publicado até 1966. Este deck é psicologicamente muito intenso (quase ao ponto de psicodelia), bem como a obra de arte é muito abstrata e visceral. As interpretações de Crowley diferem um pouco das de Waite, mas ambas são derivadas de um quadro comum que se inspira fortemente na Cabala Hermética, uma doutrina mística das fases através das quais as forças da criação divina descem ao plano material. Na década de 1970, o florescimento do interesse em práticas espirituais alternativas e religiosas lançaram o Tarot a uma explosão de popularidade, e que continua até o presente momento, sem nenhum sinal de diminuir. Muitos novos tarôs foram publicados, a maioria das adaptações do Waite-Smith Tarot (ou, por vezes, Crowley-Harris), redesenhados para refletir a sensibilidade estética ou filosofia pessoal do artista. Assim, existem atualmente tarôs Wiccas, tarôs de nativos ameríndios, tarôs que homenageiam artistas diversos (Bosch, Blake, etc) e assim por diante. Há ainda curiosidades, tais como Tarô dos Gatos e até um tarot em que cada carta aparece um estilo diferente de sapato.Nós temos uma questão deixada sem resposta, apesar de tudo. Porque foram criadas as cartas do Tarot? Foi simplesmente, como a evidência externa parece sugerir um criativo jogo criado por um desconhecido artista italiano no início do século XV? Ou, como suspeitam os ocultistas (ainda que sem provas), um conjunto de imagens deliberadamente concebidas para descrever um complexo sistema filosófico, religioso e místico? Os primeiros jogos foram sobrevivendo com cartas suntuosamente pintadas à mão para uma coleção de peças feitas para o tribunal do Duque de Milão em meados do século 15. Se elas foram modeladas de forma mais mundana enquanto conjunto de cartas de jogar, as provas físicas se foram. Robert O'Neill, em seu livro Tarot Symbolism, argumenta que o tarot foi concebido para mostrar a mística das idéias neo-platônicas e talvez da Cabala judaica que foram se tornando conhecidas na Itália daquele período. Uma peça especialmente interessante é o chamado Tarocchi de Mantegna (que não são cartas de tarot, nem o trabalho do artista renascentista Andréas Mantegna). Este conjunto de 50 fotos retrata as diversas fileiras da sociedade medieval, as Ciências Acadêmicas, as Musas, as virtudes, o Cosmos. Muitas das imagens lembram as cartas do tarot, mas o "Tarocchi de Mantegna" era claramente destinado à edificação filosófica ao invés de jogar.A história do tarô é uma janela aberta para uma das filosóficas vertentes religiosas na história da cultura européia e americana. Essa vertente nos leva de volta ao tempo, desde o antigo gnosticismo através das práticas medievais de alquimia e astrologia, através do fascínio com o oculto nos últimos séculos até o moderno movimento da "nova era". Trata-se de uma vertente cultural que nem sempre é fácil de seguir por causa da repressão, sigilo e obscuridade em que muitas destas idéias viveram durante séculos. É uma vertente cheia de falsas histórias, ofuscações deliberadas e diversas lacunas. Porque o tarot tem atravessado muitas circunstâncias diferentes e subculturas, é uma festa para os mais curiosos, independente de se o seu interesse é a religião, arte, magia, jogos ou filosofia. Talvez o tarot seja uma espécie de cultura esponja que absorve tudo o que acontece ao chocar-se com ela. Em nosso presente de um mundo e idéias globalizados, o tarot permanece mais atual do que jamais foi.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ORIGEM DO POVO CIGANO



Os ciganos estão divididos mundialmente em três grandes grupos: os sinti,os rom e os calons,e seus dialetos,são bem diferentes.Os sinti se estabeleceram na Alemanha,os calons,Portugal e Espanha,Os rom são o maior grupo e são os que mais preservam as suas tradições.Dentro dele existem vários subgrupos.divididos segundo a atividade em que eles se dedicam. PRINCIPAIS GRUPOS ROM: Kalderash, Matchuaias, Horahane, Lovarias, Rudari. Fora esses existem muitos outros,como os Kalute,os Tchurara e os Mordovaia.
Os Ciganos contam em uma de suas lendas que no passado tinham um rei, que guiava sabiamente o povo numa cidade maravilhosa da Índia, chamada Sind. Ali o povo era muito feliz, até que hordas de muçulmanos expulsaram os Ciganos, destruindo sua cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra...Mas, como dissemos, trata-se de uma lenda.As informações mais seguras sobre suas orígens foram obtidas através de estudos lingüísticos feitos a partir do século passado.A comparação entre os vários dialetos que constituem a língua cigana, chamada romaní ou romanês, e algumas línguas indianas, como o sânscrito, o prácrito, o maharate e o punjabi, só para citar algumas, permitiu que se estabelecesse com certeza a origem indiana dos Ciganos.Todavia a razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério.Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades.Segundo outra lenda, narrada pelo poeta persa Firdausi no século V d.C., um rei persa mandou vir da Índia dez mil Luros, nome atribuído aos Ciganos, para entreter o seu povo com música.É provável que a corrente migratória tenha passado na Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é, Creta e o Peloponeso. O caráter misterioso dos ciganos deixou uma profunda impressão na sociedade medieval. Mas a curiosidade se transformou em hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as populações sedentárias.